|
Descrição |
|
|
-
KEYVILLA DA COSTA AGUIAR
-
Reprodução e Crescimento de Isoetes L. Endêmicas das Cangas da Serra de Carajás
-
Orientador : CECILIO FROIS CALDEIRA JUNIOR
-
Data: 28/08/2020
-
Mostrar Resumo
-
Os campos rupestres ferruginosos das Serras de Carajás abrigam elevado número de espécies endêmicas. Dentre elas, duas pertencentes ao gênero Isoetes L. (Isoetes serracarajenis e Isoetes cangae) foram recentemente descritas. Considerada uma espécie vulnerável, populações de I. serracarajensis podem ser encontradas em lagos temporários da Serra Norte e Serra Sul. Porém, I. cangae foi descrita com uma única população ocorrendo apenas em um lago permanente localizado no corpo de canga da Serra Sul, próximo à frente de lavra do Projeto de Ferro S11D. Recentemente, esta espécie foi listada como criticamente ameaçada segundo os critérios da IUCN. Ambas as espécies são objetos de estudo por requererem as ações de conservação. Portanto, o presente trabalho, organizado sob a forma de dois Relatórios Técnicos, objetivou examinar as formas de reprodução de ambas as espécies e avaliar o crescimento de I. cangae em substratos oriundos dos lagos dos campos ruprestres de Carajás. Para tal, plantas de I. serracarajensis e I. cangae foram coletadas das áreas de ocorrência e cultivados no ITV DS. Esporângios foram coletados da base foliar de cada espécie, esterilizados e posteriormente micrósporos e megásporos foram inoculados em agua destilada. Foi observado que I. cangae se reproduz de forma sexuada (fecundação), ainda que não tenha sido evidenciada diferença significativa entre autofecundação e fecundação cruzada. Enquanto isso, a reprodução de I. serracarajensis ocorreu através da produção de perfilhos. Esporófitos de I. cangae cultivados por nove meses em sedimentos provenientes dos lagos de Carajás (TI3 e N6), bem como substrato orgânico comercial (Jiffy-7®), cresceram e completaram o ciclo reprodutivo, marcado pelo desenvolvimento de esporângios na base das folhas mais externas. Segundo analises de fluorescência da clorofila a, todas as plantas apresentaram valores que apontam para boa eficiência quântica, sem sinais de estresses. Valores mais altos foram observados para plantas cultivadas nos substratos oriundos dos lagos de Carajás. No entanto, os melhores resultados de crescimento (citar aqui) e produção de estruturas reprodutivas foram obtidos em plantas cultivadas no substrato do lago temporário de N6. Estes resultados reforçam o potencial de I. cangae poder se adaptar a outros ambientes além do lago Amendoim. No entanto, como este estudo foi realizado com plantas submersas, ensaios de tolerância a redução do nível de água são ainda necessários.
|
|
|
-
ANDERSON MIGUEL TEIXEIRA FEITOSA
-
ESTUDO DA DIVERSIDADE DE CIANOBACTÉRIAS PROVENIENTES DO LAGO DAS TRÊS IRMÃS LOCALIZADO NA CANGA AMAZÔNICA DA SERRA DOS CARAJÁS/PARÁ
-
Data: 30/07/2020
-
Mostrar Resumo
-
A Amazônia brasileira é composta por uma das maiores florestas tropicais e uma das mais ricas regiões em relação à biodiversidade disponível, além de apresentar uma vasta variedade de ecossistemas com diferentes características. Dentre eles, existe o ecossistema da Serra dos Carajás, que é um complexo montanhoso localizado no Sudeste do Estado do Pará, caracterizado pelo relevo acidentado, presença de platôs de afloramentos de rochas ferruginosas isoladas e pela riqueza de recursos minerais.
Na Serra dos Carajás, é possível observar a existência de mosaicos de vegetação, formada por savanas (arbustivas e estepes) que intercalam uma floresta higrófila, que são formações herbáceo-arbustivas, associadas a afloramentos de rochas ricas em ferro (Itabiríticas/Jaspelíticas), sendo normalmente formados da decomposição da canga ou outros substratos ferruginosos como hematita e limonita. O ecossistema da canga foi moldado ao longo de milhares de anos por meio de processos evolutivos que desenvolveram comunidades que prosperam em condições ambientais severas e únicas. Os lagos encontrados na canga apresentam várias diferenças e particularidades em relação a outros lagos de formações diferentes, principalmente por estarem em ambientes ricos em minérios, como ferro e alumínio, por exemplo, além de serem bastante sensíveis a alterações causadas por ações humanas.
As cianobactérias são procariotos gram-negativos, cosmopolitas com fotólise mediada por oxigênio, que surgiram e floresceram no planeta há mais de dois bilhões de anos. Elas podem ser encontradas em quase todo os tipos de ambientes, como oceanos, água doce, solo rochoso, desertos, plataformas de gelo, nascentes de água quente de lagos árticos e antárticos, bem como na forma de endossimbiontes em plantas, liquens e vários protistas. Esses micro-organismos têm potencial para contribuir para o aumento da produtividade em uma variedade de aplicações agrícolas e ecológicas, prosperando entre as partículas de solo e na superfície, podendo absorver amônia através de difusão passiva ou como amônio por um sistema de captação específico. Muitas cianobactérias também são capazes de usar dinitrogênio atmosférico (N2) como fonte de nitrogênio, o que é mais comumente denominado fixação biológica de nitrogênio.
Nesse contexto o estudo das cianobactérias das lagoas de Canga se mostra importante devido ao papel essencial desses micro-organismos na manutenção dos ecossistemas onde estão presentes, principalmente considerando aqueles com baixa quantidade de nutrientes e sujeitos a outros estresses como, por exemplo, altas temperaturas e acidez do solo.
|
|
|
-
ANA CRISTINA AMOROSO ANASTACIO
-
Avaliação de endemismo e distribuição de espécies da flora das Cangas no Quadrilátero Ferrífero - MG
-
Orientador : MAURÍCIO TAKASHI COUTINHO WATANABE
-
Data: 30/07/2020
-
Mostrar Resumo
-
A Reserva da Biosfera do Espinhaço, formada pela Serra do Espinhaço ao norte e o Quadrilátero Ferrífero ao sul, é reconhecida pelo seu alto grau de endemismo e pela riqueza de sua flora. Composta por múltiplas feições geológicas, de relevo e grande variedade de minerais, abrange ainda dois grandes hotspots brasileiros a Mata Atlântica e o Cerrado, onde são reconhecidas diversas espécies de plantas e animais endêmicos, raros e ameaçados de extinção. Diversos autores têm publicado a respeito da flora da região, porém muitas vezes os estudos são pontuais e abrangem regiões específicas, com tipos litológicos (campos rupestres ferruginosos ou quartzíticos) ou famílias predeterminadas. Os estudos já realizados ajudam a preencher lacunas de conhecimento, mas reforçam a necessidade da geração de novos dados para análises mais robustas e que ocasionem um maior entendimento das espécies endêmicas do Quadrilátero Ferrífero (QF). Para este estudo, com a utilização dos dados de registro obtidos nas plataformas e publicações disponíveis, utilizando como referência as publicações sobre as espécies endêmicas das cangas do QF, foi realizada uma modelagem preditiva que orientou trabalhos de campo. Após a realização de campanhas mensais, direcionadas para prospecção das espécies endêmicas, foram avaliados os litotipos de ocorrência, o que resultou em ampliação de distribuição edáfica de algumas espécies. Das 41 espécies consideradas pela literatura como endêmicas das cangas do Quadrilátero Ferrífero, após análises de dados e trabalhos de campo, 11 permaneceram efetivamente endêmicas das cangas do Quadrilátero Ferrífero. Além dessas, 24 espécies foram confirmadas como endêmicas do Quadrilátero Ferrífero mesmo em outros litotipos. As informações constantes nesse trabalho certamente serão de grande auxílio para a orientação de novos estudos sobre essas espécies, bem como será a base para a sua conservação e para reabilitação de áreas mineradas.
|
|
|
-
JUAN PEDRO ELIOT NERIS LACARRA
-
Plantas Nativas de Parauapebas para Recuperação de Fragmentos Florestais Perturbados
-
Data: 10/06/2020
-
Mostrar Resumo
-
Atualmente Parauapebas e a região de Carajás vem sofrendo constantemente com a fragmentação de áreas naturais e possivelmente diminuição da biodiversidade florística, devido à expansão urbana, crescimento das áreas agrícolas na região, aumento das áreas mineradas e crescente exploração predatória dos recursos naturais. O estudo de um fragmento florestal na área do Loteamento Nova Carajás, com 191 hectares, a 6º0404S e 49º5407W, revelou diversidade de habitats e espécies, muitas das quais são utilizadas localmente ou em larga escala no país. O fragmento conta com uma grande extensão de floresta ombrófila aberta com cipós e uma área de igarapé com mata de igapó. Entre as espécies encontradas, vinte árvores e palmeiras foram elencadas e descritas em termos de taxonomia, morfologia, distribuição, usos e contribuição ecológica, e complementadas com ilustrações de hábito, partes vegetativas e reprodutivas. O fragmento florestal tem sofrido pressões antrópicas nas áreas de contato com a urbanização e principalmente na área do igarapé, e sua situação é preocupante. A intenção deste trabalho é demonstrar a importância do fragmento florestal em área municipal para a preservação ambiental.
|
|
|
-
JUAN PEDRO ELIOT NERIS LACARRA
-
Plantas Nativas de Parauapebas para Recuperação de Fragmentos Florestais Perturbados
-
Data: 10/06/2020
-
Mostrar Resumo
-
Atualmente Parauapebas e a região de Carajás vem sofrendo constantemente com a fragmentação de áreas naturais e possivelmente diminuição da biodiversidade florística, devido à expansão urbana, crescimento das áreas agrícolas na região, aumento das áreas mineradas e crescente exploração predatória dos recursos naturais. O estudo de um fragmento florestal na área do Loteamento Nova Carajás, com 191 hectares, a 6º0404S e 49º5407W, revelou diversidade de habitats e espécies, muitas das quais são utilizadas localmente ou em larga escala no país. O fragmento conta com uma grande extensão de floresta ombrófila aberta com cipós e uma área de igarapé com mata de igapó. Entre as espécies encontradas, vinte árvores e palmeiras foram elencadas e descritas em termos de taxonomia, morfologia, distribuição, usos e contribuição ecológica, e complementadas com ilustrações de hábito, partes vegetativas e reprodutivas. O fragmento florestal tem sofrido pressões antrópicas nas áreas de contato com a urbanização e principalmente na área do igarapé, e sua situação é preocupante. A intenção deste trabalho é demonstrar a importância do fragmento florestal em área municipal para a preservação ambiental.
|
|
|
-
JUAN PEDRO ELIOT NERIS LACARRA
-
Plantas Nativas de Parauapebas para Recuperação de Fragmentos Florestais Perturbados
-
Data: 10/06/2020
-
Mostrar Resumo
-
Atualmente Parauapebas e a região de Carajás vem sofrendo constantemente com a fragmentação de áreas naturais e possivelmente diminuição da biodiversidade florística, devido à expansão urbana, crescimento das áreas agrícolas na região, aumento das áreas mineradas e crescente exploração predatória dos recursos naturais. O estudo de um fragmento florestal na área do Loteamento Nova Carajás, com 191 hectares, a 6º0404S e 49º5407W, revelou diversidade de habitats e espécies, muitas das quais são utilizadas localmente ou em larga escala no país. O fragmento conta com uma grande extensão de floresta ombrófila aberta com cipós e uma área de igarapé com mata de igapó. Entre as espécies encontradas, vinte árvores e palmeiras foram elencadas e descritas em termos de taxonomia, morfologia, distribuição, usos e contribuição ecológica, e complementadas com ilustrações de hábito, partes vegetativas e reprodutivas. O fragmento florestal tem sofrido pressões antrópicas nas áreas de contato com a urbanização e principalmente na área do igarapé, e sua situação é preocupante. A intenção deste trabalho é demonstrar a importância do fragmento florestal em área municipal para a preservação ambiental.
|
|
|
-
MADSON OLIVEIRA LIMA
-
Propagação e crescimento de gramíneas nativas das cangas de Carajás
-
Orientador : CECILIO FROIS CALDEIRA JUNIOR
-
Data: 12/03/2020
-
Mostrar Resumo
-
Ambiente degradados, principalmente os impactados pela mineração como as pilhas de estéril e taludes do interior de mina, apresentam, na maioria dos casos, substratos com baixo teor de matéria orgânica e disponibilidade de nutrientes. Para revegetação destas áreas e redução da erosão, há a necessidade de uso de plantas com crescimento rápido para recobrimento do solo, as quais devem apresentar elevada capacidade de incorporação de carbono (C), facilidade de propagação e ocorrência nas comunidades do entorno (espécies nativas). Portanto, objetivou-se avaliar o crescimento de gramíneas nativas em função do incremento de nitrogênio (N) ao substrato de áreas de mineração de Carajás a ser revegetado. Foram selecionadas as espécies nativas Paspalum cinerascens e o Axonopus longispicus para propagação e crescimento, pois estão entre as mais comuns nas formações de canga nas Serras de Carajás, onde ocorre mineração de ferro na região. O estudo teve duração de 110 dias de cultivo e teve a adição de N fracionada em 3 doses (fonte ureia - CH4N2O) e quatro níveis de N (0, 40,80 e 200). As variáveis analisadas foram biomassa de raiz e aérea, trocas gasosas, teor de pigmentos, anatomia foliar e composição nutricional da parte aérea. As duas gramíneas nativas apresentaram potencial de propagação vegetativa via separação de perfilhos. Apesar de o crescimento de A. longispicus não ter sido alterado pela maior disponibilização de N, um maior sucesso de crescimento destes perfilhos foi observado para o P. cinerascens. Esta espécie aumentou em mais de 2x a capacidade de fixação de carbono, perfazendo em acúmulo de biomassa superior em cerca 3x ao tratamento controle. Ademais, ajustes fisiológicos como à diminuição do número de estômatos na epiderme celular permitiram não só o aumento da condutância como o maior controle de abertura dos mesmos devido ao aumento dos diâmetros polar e equatorial, permitindo a uma maior eficiência de uso da água. Ambas as espécies apresentaram potencial uso para emprego na revegetação em áreas de mineração em Carajás. O P. cinerascens apresentou crescimento otimizado após correção de pH, fertilização e adição de 80 mg de N por dm3 de substrato estéril vermelho e o A. longispicus apresenta alta taxa de sobrevivência dos perfilhos, no entanto, novos estudos são
necessários, visando aumentar a produção de biomassa para esta espécie.
|
|
|
-
ERIKA DE SOUSA
-
GESTÃO DE RECURSOS HÍDRICOS NO ESTADO DO PARÁ: O CASO DA BACIA DO RIO ITACAIÚNAS
-
Data: 28/02/2020
-
Mostrar Resumo
-
A abundância de recursos naturais direcionou e motivou o desenvolvimento econômico e a ocupação territorial na região amazônica. A Política Nacional de Recursos hídricos (PNRH) de 1997 estabelece diretrizes a serem seguidas pelos estados nacionais, objetivando assegurar água em quantidade e qualidade para as gerações presentes sem comprometer os usos futuros. Esta pesquisa tem caráter exploratório, e está sendo realizada no momento em que o estado do Pará anuncia a elaboração de seu Plano Estadual de Recursos Hídricos (PERH). Nesta direção, esta pesquisa tem por perspectiva de gestão fornecer resultados sobre o panorama do gerenciamento dos recursos hídricos do estado do Pará no que se refere ao cumprimento da legislação em vigor, bem como evidenciar propostas/ações desenvolvidas no estado pelos órgãos governamentais que compõem a gerência dos recursos hídricos no estado, sociedade civil organizada, instituições de pesquisa envolvidas nesse processo. Este estudo tem como recorte a gestão dos recursos hídricos da Bacia Hidrográfica do Rio Itacaiúnas (BHRI), localizada na porção oriental da Amazônia, cuja descarga hídrica atende vários setores socioeconômicos (Agropecuária, mineração, atividade madeireira, indústrias, abastecimento urbano, etc), além de Unidades de Conservação (UC) e terras indígenas. Com essa distribuição, embora a BHRI tenha abundância de recursos hídricos, pode a vir sofrer escassez por conflitos pelo uso múltiplo desse recurso. Portanto, esta condição pleiteia uma gestão holística, política e ambientalmente justa.
|
|
|
-
Mateus Sousa de Almeida
-
IDENTIFICAÇÃO DE FUNGOS NO SOLO DE FITOFISIONOMIAS SOBRE CANGA FERRÍFERA E SUA CATEGORIZAÇÃO EM GUILDAS FUNCIONAIS
-
Data: 11/02/2020
-
Mostrar Resumo
-
As diferentes fitofisionomias da Serra dos Carajás-PA possuem plantas com um alto grau de endemismo crescendo sob a influência da Canga. É sabido que a comunidade de fungos do solo facilita o crescimento de plantas pelo aumento de sua resistência e resiliência e por prover condições favoráveis de solo. Perturbações minerárias impactam a diversidade de fungos e desta forma a capacidade de manutenção e recuperação do solo. O conhecimento aprofundado da diversidade funcional de fungos de fitofisionomias específicas da canga pode fornecer insights para estratégias de conservação e recuperação. Dados os avanços metodológicos, como a tecnologia de metabarcode de DNA, o objetivo do relatório em anexo foi fazer inferências funcionais da comunidade de fungos presentes no solo de diferentes fitofisionomias em Carajás. Amostras representativas do solo de cada fitofisionomia foram coletadas e analisadas por meio do DNA metabarcode da região ITS2. A classificação taxonômica dos resultados foi realizada pelo pipeline do PIPITS e sua inferência ecológica e funcional foi feita por correlação através do software FUNGuild. O relatório destaca a inferência de 17 guildas funcionais de fungos, incluindo saprotróficos do solo, micorríticos, endofíticos, patogênicos, parasitários, além de alguns fungos que interagem com líquens. Muitos desses grupos têm funções essenciais para a manutenção do solo e da planta da canga.
|
|